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Ostra Nativas

Atualizado: 17 de set. de 2019

Ilha Rasa, no litoral do Paraná, suas ostras nativas e a AMAIR

A Associação dos Maricultores de Ilha Rasa – AMAIR foi fundada em 1996 com o objetivo de incentivar o trabalho nas atividades da maricultura visando o estímulo à produção da pesca de qualidade.

A AMAIR está localizada na Ilha Rasa – Baía de Guaraqueçaba, entorno da Área de Proteção Ambiental – APA de Guaraqueçaba – Paraná, detentora de uma natureza rica em flora e fauna.


Uma das atividades da AMAIR é o cultivo de ostras, a qual além de incrementar a renda dos pescadores, contribui para que cuidem do meio ambiente e mantenham-se na Ilha Rasa.

Através do presidente da associação, Armindo Alves, e da professora doutora Marlene Walflor, fora apresentada a técnica do cultivo em mesas, com foco na qualidade do produto e na sanidade das ostras, questão delicada e necessária para a comercialização de frutos do mar.


Do ponto de vista de acesso a mercados, a questão crucial é a valorização da produção ostreícola frente a extrativista. Até então não há diferenciação de valor de mercado reconhecida pela sociedade, algo que também favorece na incursão de outras atividades pelos produtores como forma de buscar novos rendimentos fora da ostreicultura, além das questões higiênico-sanitárias que acabam por limitar o acesso dos produtores ao mercado externo e restringem a venda para outros municípios ou estados. No Paraná somente a prefeitura de Paranaguá possui um decreto (Decreto 2.027/09) que proíbe a venda de ostras não depuradas e certifica as regularizadas com um selo do Serviço de Inspeção Municipal.


Desponta, então, nos municípios a depuração como único sistema de controle, incentivada principalmente em projetos das prefeituras associadas à EMATER. Porém, o procedimento não assegura a qualidade, podendo não depurar totalmente algumas bactérias patogênicas, como Salmonella sp. e E. coli, além de metais pesados e vírus que permanecem nos tecidos das ostras.


Incluem-se também problemas de gestão e implementação das Unidades de Depuração, tais como a captação e uso de água imprópria em áreas próximas a descarga de esgoto doméstico, agravadas em períodos de temporada de verão, principalmente na unidade de Guaratuba, e de efluentes industriais e domésticos na unidade de Paranaguá, a qual se utiliza das águas do rio Itiberê.

Soma-se a isso, a falta de acompanhamento técnico dos fabricantes à eficiência dos equipamentos e monitoramento tanto da água captada como das ostras comercializadas pelos órgãos públicos de fiscalização responsáveis pelo controle sanitário da produção.


Apesar de todas as questões sanitárias, a ostra do paraná recentemente foi eleita como umas das três melhores do mundo, contrapondo-se assim ao atual diagnóstico desta cadeia produtiva e ao potencial de seu produto final, em termos de agregação de valor.


Para o MaisBIO, a cadeia de ostras de Ilha Rasa é um exemplo claro do poder das organizações sociais perante o mercado, tecnificando e intensificando a produção, sem exercer uma pressão desnecessária ao meio ambiente.


Do ponto de vista de acesso a mercados, a questão crucial é a valorização da produção ostreícola frente a extrativista.

 
 
 

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